A cegonha-preta, como a cegonha-branca, apresentam um dismorfismo sexual muito reduzido, sendo o macho e a fêmea praticamente iguais. Há contudo algumas pequenas diferenças que podem ser utilizadas, principalmente quando as aves são vistas juntas, mas que nem sempre são conclusivas. Os machos são geralmente ligeiramente maiores que as fêmeas e apresentam maior extensão de vermelho em volta do olho. A forma do bico por vezes também é distinta sendo a mandíbula inferior do macho ligeiramente abaulada, enquanto que a da fêmea é, por norma, direita (que lhe confere um aspecto de adaga).
Mas estes caracteres geralmente não permitem atribuir o sexo às aves com segurança, nem para os olhos mais experientes e treinados, especialmente se os indivíduos forem observados sozinhos. Só através de análise molecular, por exemplo a uma pena ou a umas gotas de sangue, ou por observação de cópulas em casais em que existam aves marcadas com anilhas se pode ficar com a certeza absoluta.
Em Portugal o ICNB desenvolveu-se recentemente um estudo que pretendeu, entre outros aspectos, analisar a variabilidade genética da população e comparar a estrutura genética das cegonhas-pretas da Península Ibérica com as da Europa Central e de Leste, populações que estariam, aparentemente separadas geograficamente. As amostras recolhidas permitiram também conhecer o sexo de um grande número de crias, agumas das quais foram já encontradas como aves adultas reprodutoras. Não é o caso do macho do casal que estamos a seguir. O seu sexo foi conhecido através do comportamento, como muitos de vós puderam já comprovar repetidas vezes.
Os resultados
domingo, 22 de março de 2009
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